quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Outros Carnavais...

E passou mais um Carnaval.

Minha história com Carnaval sempre foi uma relação de amor e ódio. Amor porque era "Oba! Feriadão à vista!". E ódio, por sempre olhar com descofiança pra essa festa onde tudo é liberado, os pudores são esquecidos e todas as pessoas do mundo do Brasil vivem só em função disso.

Até este ano eu nem pensava em aproveitar o Carnaval. Até porque antes eu era condicionada a odiar o Carnaval não só pelos motivos que eu disse acima, mas também pela música. "Ai, você vai ouvir isso, aí?? Isso aí não é música!". Não, nessa época eu achava que música boa era só Rock e seus derivados, mas jamais ouviria uma marchinha de Carnaval ou um bom Samba de raiz.

Ano passado, mesmo me livrando desse condicionamento, quando passei a poder pensar por mim mesma e descobrir as coisas que EU mesma gostava, ainda assim, eu não quis curtir o Carnaval no clima de Carnaval. Ainda estava nessa vibe de que Rock é melhor, e que tudo era uma putaria festa desmedida.

Enfim. Uma pessoa muito especial pra mim me ensinou (e que nem faz idéia disto) que a gente deve manter a mente aberta a novas experiências. Pensando nisto, eu resolvi abrir minha mente e curtir, finalmente, o Carnaval no seu respectivo clima.

Descobri que o Carnaval não precisa ser uma festa em que o lema seja "ninguém é de ninguém", uma promiscuidade só, e que pode ser divertido sair na rua, com um bando de gente suada, pulando e cantando Wando (Você é luz, é raio, estrela e luar! R.I.P. Wando), além das marchinhas de Carnaval como "você pensa que cachaça é água", "alalaôôôô, mas que calor!" e até Xuxa (Ilari, ilari, ilariê! Ô ô ô!). Fora o pessoal que veste a camisa, quer dizer, a fantasia e torna tudo muito mais engraçado (ou bizarro, dependendo do caso).



E também, no mesmo estilo, mas em lugar mais fechado, um baile de Carnaval, com pessoas um pouco mais low profile, mas com o mesmo entusiasmo, cantando as mesmas músicas, um gostoso samba de raiz, ou um animado samba rock, além do famoso axé e até sertanejo (não, sertanejo eu nunca, nunca, nunca vou gostar, e mais, o que raios tem a ver com o Carnaval? Se alguém me explicar, ganha um doce!). Mas o melhor foi a pequena mostra de bateria de escola de samba que eu vi ao vivo pertinho de mim. Não sei dizer como, mas aquele barulho batuque simplesmente contagia.



E antes de vivenciar tudo isso, uma simples conversa de boteco com as amigas, fez minha noite inaugural de Carnaval ser muito divertida, engraçada e com muitos risos! Melhor do que qualquer outra que eu já tenha tido antes. Simples assim.


Verdade, eu queria muito também que tivesse dado certo de ter visto algum ensaio de escola de samba, infelizmente não deu. Assim como por motivos alheios a vontade geral do povo, não deu pra fazer um bate e volta em São Luiz do Paraitinga, onde dizem que é o melhor Carnaval do mundo (espero um dia ainda poder verificar!).

Mas valeu. Foram experiências divertidas e diferentes do que eu estava acostumada. Saí da minha zona de conforto. Pra quem, cada vez que ficava em São Paulo no Carnaval, ficava emburrada porque, além de não viajar, simplesmente era Carnaval, até que eu curti bastante. Do jeitinho Fefa de ser, claro! E passei a encarar o Carnaval de modo diferente.

Em tempo, ano que vem eu NÃO quero ficar em São Paulo, quero curtir o Carnaval em outro lugar! De preferência na Cidade Maravilhosa (vem ni mim Rio, que eu tô te querendo!)!

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